Quinta-feira, 29 de Maio de 2008

Chegamos ao fim...

E após um longo ano lectivo,com muito trabalho conseguimos finalizar o nosso trabalho!

Esperemos que gostem do produto final.

 

 

 

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publicado por ac2m às 23:02
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Segunda-feira, 26 de Maio de 2008

...

Recados Para Orkut

Devido ao tempo que temos dispensado na finalização do trabalho, não temos conseguido actualizar o blogue regularmente, visto que, estamos ter outras prioridades.

 

Boa sorte para todos os participantes ;)


 


publicado por ac2m às 21:03
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Quarta-feira, 16 de Abril de 2008

Título

Após muitos neurónios queimados, muitas ideias rejeitadas e muitas "discussões"  finalmente conseguimos entrar em acordo e o título do nosso trabalho é:

 

 


publicado por ac2m às 15:14
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Sábado, 12 de Abril de 2008

Coliseu Micaelense

Coliseu Micaelense

 

O coliseu micaelense, maior casa de espectáculos da região autónoma dos Açores, foi inaugurado no dia 10 de Maio de 1917, em Ponta Delgada. A sua inauguração deveu-se a um grupo micaelense presidido pelo Dr. José Maria Raposo do Amaral. Nesta altura tinha o nome de Coliseu Avenida e Pedro de Lima Araújo foi um dos seus dinamizadores mais persistentes. Em 1950 foi adquirido pela Companhia de Navegação Carregadores Açorianos, dirigida pelo Dr. Francisco Luís Tavares, que tinha finalizado a construção do novo teatro de Ponta Delgada. Passou então a chamar-se Coliseu Micaelense.

 A partir dos anos oitenta foi sendo progressivamente desactivado, mantendo apenas os tradicionais Bailes de Carnaval, até ficar de todo encerrado por avançada degradação das suas instalações.

No ano 2002 a Câmara Municipal de Ponta Delgada adquiriu o Coliseu Micaelense e promoveu a maior obra de recuperação da sua história, que decorreu essencialmente durante 2004. A Gala de Reabertura do Coliseu Micaelense, realizada a 30 de Janeiro de 2005, assinalou a inauguração oficial desta obra, a que se seguiram a recuperação dos seus tradicionais Grandes Bailes de Carnaval e a apresentação do primeiro espectáculo da programação inaugural, com o Moscow Classical Ballet.

O Coliseu Micaelense, com capacidade para cerca de 1.300 espectadores sentados, está preparado para corresponder às exigências próprias de todos os eventos sócio-culturais, podendo funcionar em regime convencional, para espectáculos tão diversos como bailado, teatro, ópera e rock, ou em sistema de pista aberta, para circo, bailes e moda, banquetes e café-concerto, exposições e congressos. O Baile de Revellion e o Baile de Carnaval são os eventos mais importantes.

 A sua dimensão e as suas características fazem, aliás, do Coliseu Micaelense o espaço coberto melhor adequado para os maiores eventos da Região Autónoma dos Açores.

Referência bibliográfica:

http://www.coliseumicaelense.pt/historia.asp

 

 


publicado por ac2m às 19:48
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As Romarias

 

            Os romeiros são uma manifestação religiosa única. Grupos de homens, que rezando, percorrem a pé toda a ilha. Durante uma semana na Quaresma.

 

As Romarias têm como motivação, como reza a tradição, as catástrofes causadas pelos terramotos e erupções ocorridas em 22 de Outubro de 1522 e 25 de Junho de 1563 que arrasaram Vila Franca do Campo e prejudicaram gravemente a Ribeira Grande.

             Numa era em que os cataclismos naturais eram tidos como punição divina pelos pecados do Homem, os sacerdotes locais tais como o Frei Afonso de Toledo instigaram o povo à prática da devoção e procissões, passando os micaelenses a peregrinar pelas capelas, igrejas e ermidas da ilha rogando a protecção da Virgem e intervenção Divina para a resolução de seus males e aflições.

As finalidades da romaria são fazer penitência pelos pecados próprios e alheios, e suplicar as bênçãos de Deus para as Terras dos Açores, para Portugal inteiro e todo o mundo.

O Traje Romeiro e a sua Simbologia

O Romeiro ostenta o bordão, xaile, lenço e saco ao ombro. Leva ainda dois terços, um ao pescoço e outro na mão para a oração durante o decurso de toda a romaria. O bordão serve para apoiar e facilitar o caminhar do peregrino pelas veredas e atalhos acidentados da ilha, o xaile e lenço por sua vez, para protegê-lo do frio e da intempérie.

Embora o traje tenha originado das necessidades puramente físicas do romeiro em peregrinação, este transformou-se com o decorrer do tempo em simbolismos místico-religiosos: O bordão relembra o ceptro entregue a Cristo pelos romanos no seu julgamento ante Pilatos, o xaile a Sua Túnica, o lenço a coroa de espinhos do Seu suplício e o saco a Cruz a caminho do Calvário.

 

A Avé Maria é o cântico predominante de toda a romaria, sendo o Pai Nosso ofertado em silêncio enquanto a Glória é rezada somente nas paragens efectuadas durante a jornada. O Grupo faz-se acompanhar à retaguarda de um Procurador de Almas cuja missão é recolher e quantificar os pedidos de oração das gentes que possam porventura encontrar pelo caminho. O requisitante deverá, por sua vez, recolher-se e rezar igual número de Avé Marias quanto os romeiros que encontrou.

 Referências bibliográficas:

http://www.adiaspora.com/_port/etnogra/romeiro/index.htm

http://www.acores.com/a/romeiros_ilha_s_miguel.html


publicado por ac2m às 19:37
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Quarta-feira, 27 de Fevereiro de 2008

As nossas sugestões no que respeita à gastronomia

     Para os mais curiosos e gulosos, caso queiram experimentar alguma das nossas especialidades, aqui têm algumas receitas.

 

 Bolo lêvedo (Furnas)*

 

     Amassa-se muito bem 1 kg de farinha, 375 g de açúcar, 4 ovos inteiros, 1 colher bem cheia de manteiga, 20 g de levedura, com a quantidade de leite quente suficiente para ligar a massa e onde foi diluído o sal.

Depois de bem amassado, fica  a levedar e, uma vez levedado, estende-se sobre uma toalha branca, polvilhada de farinha de milho coada (peneirada).

     Corta-se a massa em pedaços, enrolam.se e ficam novamente a levedar.

     Depois de levedados, tendem-se os bolos, espalmando-os com as mãos, indo então à sertã, virando-os com as pontas dos dedos.

Lapas de molho de Afonso*

     Leva-se a refogar num tacho cebola picada, pimenta vermelha (malagueta) e salsa picada.

     Depois da cebola alourada, juntam-se as lapas, de preferência miúdas, com as conchas e musgos, cobrindo-as com água e deixando-as ferever pelo espaço de cinco minutos.

Cozido nas caldeiras das Furnas*

     Forra-se uma toalha branca com couves da terra, polvilhando-as com sal refinado e regando-as com um fio de azeite, ou besuntando-as com banha de porco.

     Ao redor, colocam-se gomos de repolho, ou seja, cortados às meias luas, de forma a deixar ao centro um espaço vazio.

     Neste espaço deita-se frango, carne de porco e de vaca, tudo cortado aos pedaços e que estiveram numa vinha-d'alhos leve, com a seguine composiçaõ: um pouco de vinho (de preferência branco), colorau, pimenta branca, e duas ou três folhas de louro.

     Colocam-se sobre as carnes batata da terra e cenouras.

     Vão-se repetindo as operações acima descritas, respeitando-se sempre a mesma ordem, e sobre a última camada colocar-se-ão rações de chouriço e morcela, pedaços de toucinho entremeado, sendo então tudo revestido com três gomos de repolho, temperado de sal e óleo. Sobre estes gomos de repolho colocam-se olhos de couves, forrando-se tudo com as folhas de couves exteriores, regando-as com óleo ou besuntando-as de banha e temperando-se de sal.

     Finalmente, fecha-se, unindo as quatro pontas da toalha, atando-as com um cordel.

     Deita-se o atado numa saca de sarapilheira, ou das usadas como embalagens de adubo, envolvendo tudo em duas toalhas brancas.

     Procede-se, finalmente, à última fase que consiste em deitar tudo numa saca de sarapilheira e introduzi-la numa cova no terreno adjacente à lagoa, tapando-se com a terra proveniente da abertura da cova, onde permanecerá a cozer pelo espaço de seis horas.

 

 

                  Receita do Licor de ananás:*

 

     Põe-se de infusão durante oito dias, alguns pedacinhos de ananás, em 1 litro de álcool.

     Depois separam-se as cascas, misturam-se com 1 quilo de açúcar e levam-se a ferver em 1 litro de água, durante 10 minutos.

     Depois de frio, junta-se o álcool, côa-se e filtra-se com papel de filtro.

 

 

Receita do Licor de maracujá:*

     É necessário 1 litro de álcool, 3 dúzias de maracujá e 1,250 kg de açúcar.

     A polpa tem de ficar em infusão no álcool durante três meses, coando-se ao fim deste período.

     Tendo em conta que para cada litro de álcool, acrescenta-se a mesma quantidade de água.

 

* Estas receitas foram retiradas do livro " Cozinha Tradicional da Ilha de São Miguel", 2ºEdição, Augusto Gomes em 1987.

Bibliografia:

Cozinha Tradicional da Ilha de São Miguel (2ºEdição), Augusto Gomes, edição: Secretaria Regional da Educação e Assuntos sociais/ Direcção Regional da Cultura

 

 

 


publicado por ac2m às 19:25
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Gastronomia Tradicional Micaelense

 

São Miguel para além das suas magníficas paisagens e da hospitalidade, apresenta uma gastronomia muito diversificada e suculenta que deleita não só o paladar dos seus habitantes como também dos visitantes.

Alguns dos pratos tradicionais da ilha S. Miguel são:

 

F     Polvo guisado em vinho de cheiro;

F     Fervedouros;

F     Torresmos em molho de fígado;

F     Caldeiradas de peixe;

F     Arroz de lapas;

F     Lapas de molho de Afonso;

F     Cozido das furnas;

F     Chicharros fritos com molho de vilão ou molho verde;

F     Bolo na sertã;

F     Caldo azedo.

 

As queijadas da Vila Franca do Campo e os Bolos Lêvedos das Furnas são duas boas apostas não só para todos aqueles que visitam São Miguel, mas também para os seus habitantes.

 

Na ilha de São Miguel existem muitas fábricas que transformam o leite em queijo, manteiga, leite em pó, soro e dietéticos. Os queijos mais conhecidos desta ilha são o queijo fresco de leite de vaca e de cabra e também, um queijo com a mistura de ambos os leites. O queijo Terra Nostra é conhecido a nível Nacional.

Os licores mais comuns são: de amora, ananás e maracujá.

 

O chá é uma deliciosa bebida produzida em plantações que se situam na Gorreana, freguesia do Concelho da Ribeira Grande.

Referências bibliográficas:

 

Cozinha Tradicional da Ilha de São Miguel (2ºEdição), Augusto Gomes, Edição: Secretaria Regional da Educação e Assuntos sociais/Direcção Regional da Cultura

 

http://acores.sapo.pt/turismo/saomiguel/gastronomia.php


publicado por ac2m às 18:35
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Domingo, 17 de Fevereiro de 2008

Teatro Micaelense

 Teatro Micaelense

   Centro cultural e de Congressos

 

    O Teatro Micaelense, oficialmente inaugurado em 1865, é um espaço    vocacionado para a realização de eventos culturais, profissionais e sociais, localizado no Largo de S. João. «O Teatro testemunhou a agitação social da última metade do século XIX e princípio do século XX, sobreviveu à queda da monarquia, assistiu à implantação da República, e às constantes rotações ao poder, acolheu ensejos, autonomistas e independentes, assistiu à pobreza e doenças circundantes, à partida de imigrantes e de jovens para o combate sangrento que foi a I Grande Guerra e participou do progresso e da cultura em S.Miguel», portanto é uma casa que existe à cerca de sessenta e cinco anos, por onde já passaram ilustres artistas, num palco onde a imaginação, a música, a dança, a pintura e em geral a arte se encontram entre tantos nomes: Vasco Santana, Laura Alves, Armando Cortez, Lia Gama, Eunice Moniz, Toranja, Fingertips, Milagres Paz, Zeca Medeiros, entre muitos outros.

 É um teatro que apesar de remodelado, foi construído à semelhança dos teatros Apolo e Trindade de Lisboa. A sua remodelação foi proposta por Manuel Salgado, onde o nome “Teatro Micaelense”, também, passou a ser designado por “Centro Cultural e de Congressos”. A construção do Teatro Micaelense é contemporânea, da profunda transformação urbanística. Este projecto teve como objectivo de criar um espaço, cuja modernidade e a qualidade constituem um contributo para a valorização da nossa cidade.

 É, também, nesta casa que são realizados as festas de finalização do período de muitas escolas do ciclo, onde podemos assistir a peças de teatro, coro, dança e música, actividades que permitem revelar a sabedoria dos alunos.

  O Teatro, é acompanhado por um vasto calendário, organizado e exposto ao público no seu site: www.teatromicaelense.pt. Este é um site onde podemos encontrar a história deste espaço, todos os seus colaboradores, alguns dos muitos arti O Teatro Micaelense, oficialmente inaugurado em 1865, é um espaço    vocacionado para a realização de eventos culturais, profissionais e sociais, localizado no Largo de S. João. «O Teatro testemunhou a agitação social da última metade do século XIX e princípio do século XX, sobreviveu à queda da monarquia, assistiu à implantação da República, e às constantes rotações ao poder, acolheu ensejos, autonomistas e independentes, assistiu à pobreza e doenças circundantes, à partida de imigrantes e de jovens para o combate sangrento que foi a I Grande Guerra e participou do progresso e da cultura em S.Miguel», portanto é uma casa que existe à cerca de sessenta e cinco anos, por onde já passaram ilustres artistas, num palco onde a imaginação, a música, a dança, a pintura e em geral a arte se encontram entre tantos nomes: Vasco Santana, Laura Alves, Armando Cortez, Lia Gama, Eunice Moniz, Toranja, Fingertips, Milagres Paz, Zeca Medeiros, entre muitos outros.

   Portanto, é uma casa que já faz parte da nossa cidade e da cultura, sendo um local de referência para todos os visitantes da nossa ilha.

Referências biblográficas: www.teatromicaelense.pt

 

 

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publicado por ac2m às 23:42
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Sexta-feira, 15 de Fevereiro de 2008

Dia dos amigos, amigas, compadres e comadres

Os amigos são aquelas pessoas em quem mais confiamos, são o divertimento nas nossas festas e o apoio nos tempos mais duros, são aquelas pessoas que estão sempre lá e são aqueles que, mesmo fazendo asneira, sabemos que a intenção não foi magoar. Resumindo são uma das razões pelas quais a vida de um ser humano tem mais alegria.

Para celebrar os amigos aqui, na ilha de S. Miguel, fazemos o dia dos amigos, das amigas, dos compadres e das comadres. Estes dias realizam-se nas quintas-feiras quatro semanas antes do Carnaval, pela ordem descrita.

O dia dos amigos é o primeiro. Nesse dia os restaurantes, os cinemas, as discotecas, etc., dão boas vindas a grupos de amigos que vão celebrar a sua amizade. Na quinta-feira da semana seguinte é a vez das amigas, e a cidade fica pilhada de indivíduos do sexo feminino.

 Como o nosso grupo é só de raparigas decidimos relatar o que, normalmente, fazemos.

Está na hora da última aula da manhã, a fome aperta e a preocupação se vamos arranjar um lugar nalgum restaurante aumenta a cada segundo. Após uma aula inteira a pedinchar para sair mais cedo lá o professor, ou professora cede e um grande grupo de amigas sorridentes “sai pela porta fora” em direcção ao centro comercial. O caminho é feito com enormes gargalhadas e com comentários como: “Hum, vocês e se não tivermos lugar?” “Não te preocupes, vamos ao supermercado, compramos qualquer coisa e depois vamos comer para algum lado.”

A chegada à zona de restauração do centro é o momento de maior expectativa, todas as raparigas se encontram em silêncio e com os olhos bem abertos, não vá de repente aparecer um lugar. Após alguns minutos de silêncio: “Olhem ali!”, diz uma e, subitamente, o grupo todo desata a correr em direcção ao lugar avistado, mesmo que este seja muito pequeno para todas. Já todas ajeitadas nos seus lugares e com os tabuleiros de comida em frente chega a altura do discurso. “Caras amigas, é com o maior prazer que estou aqui com vocês para celebrarmos a nossa amizade.” Diz uma levantando-se e erguendo o copo de refrigerante. “Queria só dizer-vos que…Ei! (nome da pessoa em questão) larga a batata frita! Não vês que ainda não acabei o discurso?” “Upps, desculpa, mas é que tenho fome…” “Bom, para finalizar o meu discurso, para que certas pessoas comecem a comer, só queria dizer que gosto muito de vocês todas e que, podem comer!” E não é preciso dizer duas vezes. O almoço decorre de uma forma animada e quando já todas estão satisfeitas chega a hora do jogo dos “amigos invisíveis”, este jogo consiste num sorteio em que cada pessoa tira um papel com o nome de outra, o nome no papel é o da pessoa que temos de oferecer uma prenda. Como este jogo é feito entre amigas as prendas são escolhidas ao pormenor e cada uma recebe uma coisa que reflicta a sua personalidade.

Neste dia também são comuns os jantares fora e as saídas à noite. As discotecas, os bares e as esplanadas são os locais preferidos para celebrar este dia tão especial.

O dia dos compadres e das comadres têm como base a mesma do dia dos amigos e das amigas, sendo que são celebradas da mesma forma, se bem que de uma maneira mais recatada.

Como já foi referido, estes dias são muito importantes para as pessoas da nossa ilha e em particular para as da nossa cidade. Esperamos que com a difusão desta “tradição” também noutros locais do nosso país seja celebrado de uma forma alegre e divertida um dos sentimentos mais nobres e verdadeiros: a amizade.

 

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publicado por ac2m às 15:30
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Sábado, 2 de Fevereiro de 2008

O Senhor Santo Cristo dos Milagres

As festas do Senhor Santo Cristo realizam-se em Ponta Delgada, ilha de S. Miguel. Estas são as maiores festividades dos Açores e, realizam-se no quinto Domingo após a Páscoa.

            Provavelmente no começo da década de 20, quando duas jovens foram pedir uma bula ao Papa Paulo III para fundarem um mosteiro da Ordem de Santa Clara na Caloura não só lhes foi entregue o documento desejado (bula), como ainda lhes foi oferecida uma imagem do “Ecce Homo” (“Eis o Senhor”). Assim, as duas jovens açorianas regressaram aos Açores com a imagem e o documento. Uns vinte anos mais tarde, em 1541, devido ao perigo dos ataques piratas e ao seu isolamento, as últimas ocupantes do Convento de Nossa Senhora da Conceição (sito na Caloura) mudaram-se para o Convento de Nossa Senhora da Esperança, em Ponta Delgada. Com elas veio a imagem do Senhor. 

            Os sismos frequentes e a constante actividade vulcânica fizeram com que a devoção fosse o único refúgio do povo, através do culto à imagem do Senhor Santo Cristo.

            A primeira procissão foi em 1700, e em Dezembro de 1713 devido aos tremores de Terra que abalaram a ilha, a única solução foi a salvação divina. Sendo assim, com as autorizações necessárias foi feita uma peregrinação de súplica pelo fim daquela situação. A imagem ao sair caiu e ao tocar no chão acabaram-se de imediato os tremores de Terra e, os danos causados na imagem foram muito poucos. Este acontecimento contribuiu para aumentar a devoção que já existia e ouvia-se cada vez mais o nome: Senhor Santo Cristo dos Milagres.

            Ainda hoje o culto ao Senhor Santo Cristo dos Milagres existe. São inúmeros os pedidos que são feitos, e há mesmo quem diga que muitos milagres já foram feitos pelo Senhor Santo Cristo.

            A imagem encontra-se, desde então, no “Coro Baixo”, ao fundo da Igreja de Nossa Senhora da Esperança. Esta é muito expressiva e consoante os modos como a luz lhe incide, parece que varia os sentimentos que transmite. O corpo principal do Senhor Santo Cristo é constituído pelas seguintes jóias: o resplendor, a Coroa, o Relicário, o Ceptro e as cordas. Desde há muito tempo que as pessoas oferecem ouro, jóias para serem aplicadas nas capas ou em outras peças. Existem mesmo várias capas do Senhor muito bem decoradas.

            É, nesta enorme manifestação de fé e devoção que se realizam as festas do Senhor Santo Cristo. É, nesta altura que a imagem sai da Igreja. No Sábado há uma pequena procissão à volta do campo de S. Francisco, como forma de pagar promessas no entanto, estas iniciam-se na madrugada do mesmo dia. Este é um dos dois dias que a imagem “vê a luz do dia”. No Domingo, verifica-se o culminar das festas, realizando-se a gigantesca procissão que demora aproximadamente 5 horas, passando pelas principais ruas da cidade. A criatividade está presente em inúmeros tapetes florais que enfeitam as ruas de Ponta Delgada. A procissão conta com a presença de todas as bandas filarmónicas de cada freguesia da ilha, de algumas das outras ilhas e mesmo do Canadá e dos Estados Unidos da América (locais para onde o fluxo de imigração foi elevado), entre outras associações.

            Na altura das festas, deslocam-se à ilha milhares de peregrinos que vêm pagar as suas promessas e visitar as suas famílias. As festas duram vários dias, terminando na 5º feira. É, notória a disponibilidade e gentileza por parte de todos os que contribuem para a realização destas festas. Na parte de fora da igreja, a iluminação está presente de uma forma muito trabalhada e bonita, assim sendo, de ano para ano aumenta o número de lâmpadas utilizado para sua decoração.

            Para além da parte religiosa da festa existe a parte leiga, onde as barraquinhas de petiscos, os bazares, a feira, os carrinhos de choque e outras diversões e ainda as bandas que animam o campo durante os serões, são uma constante favorável ao divertimento da população nestas festividades.

            Estas festas estão cobertas de emoção e sentimento, sendo a passagem da imagem pelas pessoas e o seu recolher uma das experiências, que mais comovem os seus participantes.

            A imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres no final da festa é colocada no “coro baixo” novamente, onde permanecerá durante mais um ano. No entanto, é possível admirá-la todos os dias.

            Numa actualidade onde a crença no divino tem vindo a diminuir, estamos orgulhosos de ser um povo que mantém a sua devoção com um fervor extraordinário até aos dias de hoje, e que inspira muitas pessoas a tentar mudar alguns aspectos na sua vida, confiando em Deus.

 

Hino do Senhor Santo Cristo dos Milagres

 

Referências bibliográficas:

 

http://www.terra-mar.org/santocristo/hino.php

 

http://olhares.aeiou.pt/senhor_santo_cristo_dos_milagres_ii__a_imagem/foto205490.html

O Senhor Santo Cristo dos Milagres, EDITOR Ver Açor, Lda, Abril de 2007

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


publicado por ac2m às 10:21
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